GT 01-
TICs PRÁTICAS EDUCATIVAS E CURRÍCULO
ENCONTRO
COM A LEITURA E A PRODUÇÃO DE TEXTO ATRAVÉS DOS CONTOS DE FADAS
Maria do Desterro Virginio Dantas
e Silva
Escola Municipal Professor Homero de Oliveira Dantas
O presente trabalho tem a intenção de
socializar uma experiência realizada com alunos do segundo ano do Ensino
Fundamental da Escola Municipal Professor Homero de Oliveira Dantas, em
Parnamirim/RN, no período de setembro e
outubro/2010, vivenciando a construção
do processo de alfabetização partindo do imaginário literário através dos
contos de fadas enquanto suporte textual, pois sabemos que ouvir histórias é
entrar em um mundo encantador cheio de ludicidade, surpresas, mistérios e fantasia onde a
criança se diverte e aprende. Cada criança em algum momento já ouviu uma
história narrada por sua mãe, seu pai ou familiares, um conto, uma fábula, uma
historia bíblica, um poema, uma anedota ou até mesmo uma historia inventada,
carregam o poder de encantar e deslumbrar a todos que ouvem. De acordo
com Abramovich (1989) “ É ouvindo
historias que se pode sentir emoções importantes, como a tristeza, raiva, a
irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, a insegurança, a tranquilidade, e
tantas outras mais; é viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em
quem as ouve, com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma dela
fez brotar. Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos da imaginação!” hoje
muito tem-se falado na formação de leitores, para isso temos que oportunizar
aos alunos atividades que os levem a desenvolver o gosto e o prazer pela leitura. Visto que o ato de ler não visa
só a formação acadêmica da criança, mas, a sua formação como cidadão, trabalhar
com formação do leitor passa inevitavelmente por diversas leituras: de livros,
de imagens e do seu cotidiano com seu acervo cultural, da sua visão de mundo. Os
PCNs de língua portuguesa apontam a seguinte reflexão: “É importante que o trabalho com textos literários esteja
incorporado às praticas cotidianas da sala de aula, visto tratar-se de uma
forma especifica de conhecimento.” (BRASIL, 1997, p.18). Objetivamos incentivar
a leitura na sua forma prazeirosa e a produção textual a partir da pratica de
recontar as historias lidas, oportunizando atividades que contemplasse os
quatro eixos da língua portuguesa, oralidade, leitura, escrita e análise
linguística. Concordamos com Amarilha (1997) quando
diz que: “A leitura de literatura, a leitura de ficção é a que melhor realiza e
preenche as condições de leitura lúdica, pois o texto literário, seja normativo
ou poético, é uma proposta de jogo. Na poesia, jogo com palavras, com as
sonoridades, com os sentidos. Na narrativa, jogo de máscaras – jogo de faz de
conta construindo em linguagem verbal”. Metodologicamente utilizamos pesquisas,
com o suporte tecnológico, (ditado de títulos dos contos de fadas no
laboratório de informática) apreciação de diversas obras, momento leitura como
parte da rotina diária, bem como exploração da oralidade, culminando com a
produção textual (elaboração de um livro com as historias produzidas pelos
alunos, com pagina destinada a biografia), leitura dos livros produzidos pelos
alunos, confecção de senário e
dramatização de uma historia dos contos de fadas, “A historia dos três
porquinhos”. Diante deste contexto apresentamos como resultados,
desenvolvimento da oralidade, encantamento e interesse pela leitura e produção
textual. Enfim, concluímos concordando com as orientações presentes nos PCNs
que diz: “ Não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura
empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo
da escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler, quando, de alguma forma, a
qualidade de suas vidas melhora com a leitura”. (BRASIL, 1997, p. 36). E o
contato com a obra dos contos de fadas favorece ao aluno a articulação em
objetividade e subjetividade, conduzindo-o a se apropriar deste conhecimento de
maneira significativa.
Palavras-chave:
Literatura, leitura, escrita.
ABRAMOVICH,
Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e
bobices. 5ª ed. São Paulo: Scipione, 1989.
AMARILHA,
Marly. Educação e leitura – Trajetórias
de Sentidos. João Pessoa: Ed. UFPB/PPGEd/UFRN, 2003.
_____. Estão mortas as fadas? Natal: Ed.
Vozes, 1997.
BETTELHEIM,
Bruno. A psicogênese dos contos de fadas.
Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1980.
BRASIL.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília/DF: MEC, SEF,
1997.
Devemos aproveitar cada oportunidade que aparece para socializar nossa pratica, momentos assim são enriquecedores.
ResponderExcluirParabéns pelo belíssimo relato de experiência que demonstra uma prática intensa de leitura vivenciada todos os dias nessa Instituição de ensino. E que floresçam novos projetos... Um abraço, professora Marilene
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